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domingo, 8 de março de 2015

O PERFIL DO CIDADÃO CONTEMPORÂNEO.

O cidadão da Grécia antiga era caracterizado como um homem, aristocrata, proprietário de cavalos, mulher, crianças e servos. O indivíduo que reunia essas características tinha o poder para fazer uso da palavra em praça pública, exercendo assim sua cidadania. Com o passar do tempo, esse pensamento ou essa lógica sobre o indivíduo consolida o discurso ocidental, ou seja, machista, patriarcal, aristocrata e branco. Este tornou-se o modelo de indivíduo ideal, aquele que pode exercer sua cidadania em nossa época. Para produzir indivíduos “ideais” as forças sociais e econômicas da época produzem discursos como uma forma de controlar e moldar o indivíduo e este tenta se adequar a esse modelo produzido para não ser excluído da sociedade.

De acordo com Horkheimer (2003), o sujeito da razão individual tende a tornar-se um ego encolhido, cativo do presente evanescente, esquecendo o uso das funções intelectuais pelas quais outrora era capaz de transcender a sua real posição da realidade. Essas funções são hoje assumidas pelas grandes forças sociais e econômicas da época. O futuro do indivíduo depende cada vez menos da sua própria prudência e cada vez mais das disputas nacionais e internacionais entre colossos do poder. A individualidade perdeu sua base econômica.


HORKHEIMER; ASCENSÃO E DECLÍNIO DO INDIVÍDUO; M. Eclipse da razão. 5º ed. São Paulo: Centauro, 2003. p.145. 

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