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domingo, 5 de abril de 2015

A concepção de homem da Gestalt-Terapia 

O exame de todas estas vertentes de influência na Gestalt-terapia conduzem-nos a um entendimento da concepção de homem adotada por esta abordagem psicoterápica. Para a Gestalt-terapia o homem constitui-se a partir de algumas características que passamos a enumerar.
O homem como ser digno de confiança: O homem é tomado como um fim porque ele está sempre por se fazer. Não há outro legislador além dele próprio. “As coisas são, só o homem existe” (Heidegger, 1979).
O homem como ser responsável: O homem é que fez de si mesmo, pois inexoravelmente se escolhe ser o que é. “Não há desculpa para o ser humano” (Sartre, 1978).
O homem como ser de totalidades: O homem é composto por partes, mas é uma Gestalt. É um ser biopsico-social e só pode ser entendido se o conhecermos como um todo. O conhecimento de apenas partes deste homem leva a inúmeros enganos.
O homem como ser voltado para a consciência: O homem pode estar permanentemente ligado ao aqui e agora através de uma tomada de consciência continuada (awareness continuum). Isto é essencial para o funcionamento adequado do ser humano que é um ser permanentemente à cata da consciência.
O homem como ser auto-regulado: O homem possui um impulso dominante de auto-regulação pelo qual é permanentemente motivado e tende portanto ao equilíbrio.
O homem como ser em permanente energia de auto-realização: O homem possui uma força que o movimenta na direção da satisfação de suas necessidades que, em última instância, é a auto-realização do ser, ou seja, o princípio orgânico pelo qual o organismo se desenvolve plenamente.
O homem como ser de presentificação: O homem está em busca permanente e contínua do seu momento existencial. Pode obter esta presentificação de várias formas mas, particularmente, através do próprio corpo que constitui um discurso completo sobre ele mesmo.

O homem como ser em busca do sentido para sua existência: O homem está em permanente busca de iluminação, isto é, em se integrar para se entregar à vida através da contextualização das suas percepções, suas experiências, sua existência.
            Destas características podemos extrair um conceito congruente com a abordagem da Gestalt-Terapia:
O homem é um ser digno de confiança, isto é, é responsável por si mesmo pois se escolhe ser o que é, é uma totalidade que pode ser integrada, voltado para a consciência, auto-regulado, em permanente energia de auto-realização e presentificação e em busca de dar um sentido às suas percepções, às suas experiências, à sua existência.

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A concepção de homem da Gestalt-Terapia

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